Bikes em busca
de espaço para parar
Um projeto de lei em trâmite na Câmara de Vereadores de Curitiba
pretende obrigar a prefeitura e estabelecimentos comerciais, como shopping
centers e supermercados, a atender uma reivindicação antiga dos ciclistas: a
destinação de espaço para bicicletas nos estacionamentos. Pela proposta, 5% do
total de vagas para automóveis em espaços públicos e privados teriam de ser
utilizados para receber bicicletários ou paraciclos.
De autoria dos vereadores Caíque Ferrante (PRP) e João Cláudio
Derosso (hoje fora da Câmara), o texto, porém, não dá exclusividade para as
bikes. Segundo a matéria, o espaço também deve ser destinado a motocicletas. O
projeto, que tramita desde maio de 2011, recebeu segunda-feira parecer
favorável com ressalvas da Comissão de Urbanismo e Obras Públicas da Câmara.
Assim, a matéria deve receber emendas e adequações antes de ir para votação em
plenário.
Ressalvas
A iniciativa ainda é vista com
ressalvas pelos comerciantes. A tramitação do projeto, inclusive, foi um dos
temas discutidos ontem pela diretoria jurídica da Associação Paranaense de
Supermercados. A associação afirma que apoia a proposta de garantir espaço para
os ciclistas, mas defende que é preciso levar em consideração a estrutura de
cada estabelecimento. A reportagem também entrou em contato com a Associação
Comercial do Paraná, mas ninguém se pronunciou a respeito.
Para o coordenador do projeto
Ciclovida, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), José Carlos Belotto, a
porcentagem de vagas que deverá ser ocupada pelas bikes é acertada, já que
estudos indicam que 2% a 3% dos deslocamentos feitos em Curitiba ocorrem por
meio dos pedais. “Porém, o paraciclo é só um dos itens necessários para o uso
da bicicleta. Tem que vir acompanhado de ciclovias, ciclofaixas, sinalização
especial e campanhas educativas”, defende.
Novas vagas
Alheia à proposta da Câmara, a
prefeitura de Curitiba afirma que irá implantar ainda este ano 26 novos
paraciclos em praças, parques e ruas da cidade. Os pontos já foram definidos e
incluem vagas no Parque Barigui, Museu Oscar Niemeyer e praças Santos Andrade
e Ouvidor Pardinho. A intenção é disponibilizar 280 vagas, que se somarão às 80
já criadas em março deste ano.
Carência
Para ciclistas,
demanda por espaço é evidente
A obrigatoriedade da destinação
de vagas para bicicletas é vista com bons olhos por quem frequentemente tem de
apelar a árvores, postes e orelhões de telefones para estacionar. Segundo o
coordenador-geral da Associação dos Ciclistas do Alto Iguaçu, Goura Nataraj,
“os estacionamentos privados também deveriam, por força de lei ou incentivos,
destinar pelo menos uma vaga para que oito ou 10 bicicletas sejam
estacionadas”, diz. Nataraj afirma que alguns comércios já estão antenados para
essa necessidade, mas a carência ainda é grande.
Universidade tem vagas desde 1983 - Ponto de encontro
de boa parte dos ciclistas, as instituições de ensino superior têm saído na
frente na hora de garantir espaço adequado para as bikes. A Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, por exemplo, possui bicicletário desde 1983, e
conta hoje com 125 vagas. Em maio deste ano, a Universidade Federal do Paraná
inaugurou 300 paraciclos nos câmpus Jardim Botânico e Politécnico, em 36 pontos
e com capacidade para 600 bicicletas. A promessa da universidade é estender os
equipamentos para os demais campus
Detalhes
Veja o que propõe o projeto de lei:
Espaços
Entre os espaços públicos,
estariam escolas municipais, parques e pontos turísticos. Já os espaços
privados compreendem estabelecimentos de grande circulação, como shopping
centers e supermercados.
Responsabilidade
A instalação dos paraciclos ou
bicicletários seria custeada pelo comerciante ou pela prefeitura (no caso de
espaços públicos). Descumprida a determinação, o proprietário teria um prazo de
cinco dias para se adequar. A partir deste período, caso não haja conformidade
com a lei, haveria multa de R$ 500 por dia de atraso.
Reservado
As vagas estariam em
bicicletários (locais fechados) ou paraciclos (locais abertos). O ciclista
seria responsável por trancar a bike com correntes ou cadeados.
Prazo
Em dois anos após a publicação da
lei os estabelecimentos e locais públicos devem estar adaptados. Novas obras só
seriam autorizadas pela prefeitura caso sejam previstas as vagas.
Vagas
Espaços públicos e privados que
possuem estacionamento de automóveis teriam que destinar 5% das vagas para
bicicletas e motos. Cada vaga acomodaria 4 bicicletas. Não é clara a divisão do
espaço entre as bicicletas e motos.
Detalhes
Veja o que propõe o projeto de lei:
Espaços
Entre os espaços públicos,
estariam escolas municipais, parques e pontos turísticos. Já os espaços
privados compreendem estabelecimentos de grande circulação, como shopping
centers e supermercados.
Responsabilidade
A instalação dos paraciclos ou
bicicletários seria custeada pelo comerciante ou pela prefeitura (no caso de
espaços públicos). Descumprida a determinação, o proprietário teria um prazo de
cinco dias para se adequar. A partir deste período, caso não haja conformidade
com a lei, haveria multa de R$ 500 por dia de atraso.
Reservado
As vagas estariam em
bicicletários (locais fechados) ou paraciclos (locais abertos). O ciclista
seria responsável por trancar a bike com correntes ou cadeados.
Prazo
Em dois anos após a publicação da
lei os estabelecimentos e locais públicos devem estar adaptados. Novas obras só
seriam autorizadas pela prefeitura caso sejam previstas as vagas.
Vagas
Espaços públicos e privados que
possuem estacionamento de automóveis teriam que destinar 5% das vagas para
bicicletas e motos. Cada vaga acomodaria 4 bicicletas. Não é clara a divisão do
espaço entre as bicicletas e motos.
* MATÉRIA COPIADA NA INTEGRA DO SITE: WWW.GAZETADOPOVO.COM.BR na data de 27/09/2012 (http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1301503&tit=Bikes-em-busca-de-espaco-para-parar).
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