Enquanto os governos procuram soluções para um trânsito cada vez mais caótico, criar ciclovias e estacionamentos para bicicletas, faz o número de ciclistas aumentar nas grandes cidades e deve ser por ai a solução do caos. Por exemplo, em Nova York, essa turma fez diferença na segurança: hoje há mais ciclistas nas ruas e menos acidentes envolvendo bicicletas por lá. É um número animador para cidades como São Paulo, e outras tantas, onde a batalha de ciclistas e motoristas é bem perigosa e acirrada. Esse foi um dos dados trazidos pelo músico David Byrne. Ele não veio ao Brasil nem para falar de música, nem de literatura, veio é para falar de bicicleta. Uma das estrelas da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) deste ano, o músico escocês mandou bem; segundo ele, uma das vantagens da bicicleta é nos revelar “o lado B das cidades”, ou seja, de bicicleta, vemos mais, paisagens inteiras ou meros detalhes, que passariam em branco fosse o veículo um carro ou um ônibus.
Claro que Byrne falou de outros temas também, como “transporte público” e “urbanismo sustentável”. Na sua passagem pelo país. Byrne veio falar do livro, “Diários de bicicleta”, que lançou na Flip, e promoveu um debate em São Paulo sobre cidades e bicicletas. Mostrou suas passagens pelo mundo e defendeu o que muita gente já sabe mas não dá bola: quanto mais as cidades se adaptam aos carros, menos vida há nas ruas. Mas vou me ater ao “lado B das cidades”. Basta saber percorrê-la para ter acessos a certos, e por vezes efêmeros, espetáculos.
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